Processo seletivo da Prefeitura de Araruama escolhe candidatos com mais de 70 anos para cargo de Servente de Serviços Pesados

Processo seletivo da Prefeitura de Araruama escolhe candidatos com mais de 70 anos para cargo de Servente de Serviços Pesados
Processo seletivo da Prefeitura de Araruama escolhe candidatos com mais de 70 anos para cargo de Servente de Serviços Pesados

Após a recente divulgação de um edital para contratação de Serventes de Serviços Pesados que favorece o tempo de serviço e prioriza candidatos com idade mais avançada em caso de empate, a Prefeitura de Araruama apresentou uma lista com 71 nomes selecionados. Grande parte deles já ultrapassaram os 60 anos de idade, e a experiência, mesmo que necessária, não é a principal demanda para o cargo. O processo seletivo, simplificado e eliminatório, prioriza profissionais que comprovem longa experiência na função, sem levar em conta a exigência física inerente ao cargo. As atividades, que incluem a varrição de ruas, remoção de entulhos, manutenção de calçadas e a colocação de manilhas, demandam vigor físico para garantir a limpeza e segurança da cidade. A experiência desses profissionais poderia ser muito melhor aproveitada em outras funções públicas.

Este processo seletivo promove um risco alarmante: a possibilidade de contratação de servidores insuficientemente aptos fisicamente para enfrentar tarefas pesadas, o que pode resultar em frequentes afastamentos por problemas de saúde e, consequentemente, em um serviço público comprometido. O edital, ao privilegiar a idade e o tempo de serviço, levanta dúvidas sobre a real preocupação com a qualidade e a sustentabilidade do trabalho realizado.

Funcionários fantasmas na mira

Outro dado que chama a atenção é a quantidade de pessoas da mesma família na lista de selecionados para Serventes de Serviços Pesados, e as possíveis ligações de candidatos ao cargo com o grupo político da prefeita. Recentemente, tem circulado nas redes sociais uma relação de contratados para cargos comissionados em seu gabinete e que supostamente não comparecem ao local de trabalho, sendo apontados como pagamento de “favores de campanha”, o que questiona lisura da administração.